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Enquanto isso, Morgan elevou a sua exposição em México para overweight, ou exposição acima da média; banco vê Ibovespa a 125 mil pontos em 2023
O Morgan Stanley se juntou a outros bancos e casas de análise e aumentou a sua cautela com Brasil, de olho nos riscos fiscais que têm elevado a aversão ao risco para o país.
O banco americano rebaixou o Brasil de overweight (exposição acima da média do mercado) para neutro dentro de sua carteira para América Latina por causa de riscos fiscais que estão sendo observados para 2023.
“Os eventos recentes reduzem as chances de uma nomeação de ministro da Fazenda mais ortodoxo, enquanto as sinalizações fiscais mais frouxas devem levar a taxas de juros mais altas e assim rendimentos reais de títulos mais altos, o que podem minar o case aparentemente atrativo de valuation de ações”, aponta o banco.
Se ocorrer um cenário fiscal mais “frouxo”, de maiores gastos, os próximos anos devem ser bons para os ativos de renda fixa brasileiros, mas não para as ações, avalia a equipe.
Por outro lado, os estrategistas elevaram a sua exposição ao México para overweight devido ao cenário que possuem de desaceleração branda, sem grandes impactos, para a economia dos EUA e a possível mudança nas perspectivas para os principais setores de eletricidade e energia; Peru se manteve com recomendação overweight. Já Colômbia segue neutra e Chile underweight (exposição abaixo da média), este último com o banco vendo sinais de desaceleração econômica significativa no primeiro semestre de 2023.
Os estrategistas projetam 20% de retorno em dólares para ações latino-americanas em 2023, com o índice MSCI Latin America fechando o próximo ano a 2.700 pontos. No cenário pessimista, o Morgan prevê retorno negativo de 23% em dólares para ações latino-americanas em 2023, com o MSCI Latin America de 1.700 pontos. Já no ambiente otimista, o retorno seria de 36% em dólares (meta para o MSCI de 3 mil pontos).
“Nossa visão mais construtiva sobre a América Latina para 2023 é baseada na visão de que o vínculo do México com os EUA e os fatores estruturais de manufatura devem se beneficiar da melhor atividade econômica nos EUA no segundo semestre de 2023”, aponta o banco.
Além disso, a alta correlação do Peru com os preços das commodities deve ser benéfica, com uma potencial reabertura da China no ano que vem.
No restante da região, o reequilíbrio macroeconômico em curso deve afetar o crescimento durante a primeira metade do ano que vem, e as reformas locais e eleições na Argentina devem servir como potencial catalisador. Falando deste país, todos os olhos estarão voltados para as primárias de agosto e as eleições presidenciais de outubro de 2023, pois uma possível mudança de regime pode ser um poderoso catalisador para os ativos locais. Na Colômbia, o mercado deve acompanhar de perto quaisquer sinais de moderação política do governo de Gustavo Petro.
Os estrategistas observam que, no geral, o valuation de ações na América Latina está significativamente mais barato em relação ao histórico e à classe geral de ativos de emergentes. Assim, pode fornecer uma proteção contra novas revisões em baixa das estimativas de ganhos em dólares desencadeadas por uma desaceleração econômica global, na visão deles.
“O lado positivo regional é limitado pelo aumento das preocupações fiscais no Brasil, já que os recentes sinais do recém-eleito governo Lula apontam para uma deterioração da âncora fiscal do país em 2023 e, portanto, um possível atraso no início e uma redução na magnitude de um novo ciclo de flexibilização monetária. A âncora fiscal é o calcanhar de Aquiles do país, já que o presidente eleito Lula é contra a atual legislação de teto de gastos, que impediu que os gastos do governo crescessem em termos reais nos últimos 5 anos. Por outro lado, a nomeação de um ministro da Fazenda com fortes credenciais fiscais pode ajudar a ancorar as expectativas dos investidores”, pondera o banco.
O Morgan vê o Ibovespa encerrando o ano que vem a 125 mil pontos, o que corresponde a uma alta de 15% em relação ao fechamento de sexta-feira em moeda local e de 20% em dólares. Já para o índice mexicano, o target é de 70 mil pontos, alta de 28% em dólar e de 36% na moeda local, o que os estrategistas veem como mais atrativos.
Apesar de ter reduzido sua exposição em Brasil, a carteira de dez ações para a América Latina do Morgan Stanley contém seis ativos listados na B3. São eles: Itaú (ITUB4), Porto (PSSA3), WEG (WEGE3), Assaí (ASAI3), Vale (VALE3) e Americanas (AMER3), além do Mercado Livre (MELI34), este último com grande parte de sua receita atrelada ao Brasil. Na carteira, constam ainda as mexicanas Oma e Fibra Prologis e a peruana Credicorp.
“No nível setorial, no Brasil, temos uma carteira mais equilibrada com exportadoras, empresas cíclicas domésticas e empresas mais defensivas”, aponta o banco. Por outro lado, aponta evitar empresas controladas pelo governo, além de evitar exposição em setor de energia, bancos e transporte.
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